“Carbono
Verde: Comércio Negro” é um relatório desenvolvido pelo Programa da ONU
para o Meio Ambiente (PNUMA) e a Interpol referente a um estudo sobre a
extração e o comércio ilegal de madeira.
Algumas informações contidas no relatório:
- Entre 50% a 90% da exploração madeireira nos principais países tropicais da Bacia Amazônica, África Central e Sudeste da Ásia está sendo realizado pelo crime organizado;
- A extração ilegal de madeira, em todo o mundo, responde por cerca de 15% a 30% do seu comércio global;
- O comércio ilegal corresponde a um total de US$ 30-100 bilhões por ano, além disso, dificulta a Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (Iniciativa REDD);
- Também foi observado pela Interpol, a associação de crimes como violência, assassinatos e atrocidades contra habitantes indígenas das florestas ao aumento da atividade criminosa organizada;
- São descritos 30 formas engenhosas de aquisição e lavagem de madeira ilegal, tais como: falsificações de licenças de corte e suborno para obter licenças; concessões e hackeamento de sites governamentais para obtenção ou alteração de licenças eletrônicas; outro truque para lavar milhões de metros cúbicos de madeira ilegal é misturá-la com madeira legalmente cortada por usinas de serra, celulose, papel e cartão; outro artifício comum é a alegação falsa de que a madeira de florestas selvagens que está sendo vendida é proveniente de florestas plantadas, entre outras;
- A madeira ilegal transportada através de fronteiras e portos, em vário casos, corresponde a um volume até 30 vezes maior do que o oficialmente registrado;
- Criação pela PNUMA e Interpol do projeto piloto “LEAF” (da sigla em inglês, Aplicação da Lei de Assistência para Florestas), financiado pelo Governo da Noruega para desenvolver um sistema internacional para combater o crime organizado em estreita colaboração com os principais parceiros;
- Também traz algumas recomendações como, por exemplo, aumentar as capacidades nacionais de investigação e operação por meio de treinamentos sobre crime ambiental transnacional, centralizar todas as licenças de desmatamento em um registo nacional, o que poderá facilitar muito a transparência e investigação, entre outras.
Se
os países não se unirem para combater em primeiro lugar o crime
organizado, os madeireiros ilegais iirão continuar explorando as
florestas em busca de lucros.
Hoje,
as medidas tomadas são direcionadas a criar incentivos para o comércio
legal e não para combater o crime. E necessário leis que visem punições mais severas, aumento das fiscalizações, criação de incentivos para o comércio
legal, enfim, uma série de estratégias para colocar um fim na ilegalidade.
O relatório contém muito mais informações com figuras, gráficos e mapas, vale a pena dar uma olhadinha: Relatório Completo!
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