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Brasil - lixeira tóxica do planeta

Vários insumos agroquímicos, que possuem elevados graus de toxicidade e por isso  já foram banidos em diversos países, ainda são utilizados com sucesso aqui no Brasil. Desde 2008, somos os maiores consumidores globais de insumos químicos para agricultura. Nas últimas décadas, o consumo de agrotóxicos no mundo cresceu cerca de 93%, mas segundo a Anvisa, no Brasil, esse crescimento foi de aproximadamente 190%.

Dentre as 50 substâncias mais usadas em terras brasileiras, 24 já foram banidas nos Estados Unidos, Canadá, Europa e, algumas, mesmo na Ásia. Atualmente, apenas 14 delas estão em processo de reavaliação pela Anvisa. Uma delas é o endossulfam, utilizado em culturas de soja, café, algodão e cacau, ela é responsável por danos irreparáveis ao sistema produtivo e é um provável desregulador endócrino. Mas segundo previsões da Anvisa, seu uso será banido do país, até 31 de julho de 2013.

A cihexatina, muito utilizada em plantações de café, laranja, maçã, morango e pêssego, foi proibida no final de 2011. Considerada uma substância carcinogênica e neurotóxica, é ilegal na Austrália, China, Japão, Canadá, entre outros países.

São vários impactos ocasionados pelo uso de agrotóxicos, tanto ao meio ambiente quanto à saúde das pessoas, não só dos agricultores e suas famílias, como dos profissionais envolvidos no comércio e manipulação dessas substâcias e todos nós, diariamente, ao fazer nossas refeições.  De acordo com o economista do IBGE, cada US$ 1 gasto na compra de agrotóxicos pode custar aos cofres públicos US$ 1,28 em futuros gastos com a saúde de camponeses intoxicados.

É preciso banir o uso dessas substâncias e encontrar outras formas de produzir eficientemente com a ausência deles. Muitos especialistas alinhados ao modelo convencional, acreditam ser impossível produzir alimentos baratos e em grandes quantidades sem utilizar agrotóxicos. Mas outros defendem o cultivo em propriedades menores, com a diversificação de culturas, sem uso de defensivos agrícolas, como possível solução para esse problema.

 
Fonte

* Revista Ciência Hoje - Edição 296

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